Desde cedo, somos ensinados a usar as palavras mágicas: Obrigado, por favor, com licença, desculpa… mas não pra sermos crianças gentis, educadas, e obedientes. Não só pra isso. Nos ensinam que devemos ser crianças educadas para sermos adultos educados. A criança que não respeita fila, que fala palavrão e briga por tudo se torna um adulto mimado, arrogante e folgado. Por isso, muitas vezes numa entrevista de emprego, um recrutador vai perguntar como era a sua infância, seu relacionamento com sua família e seus amigos. O recrutador quer saber como é a sua base, os seus valores.
E de nada adianta se você tem faculdade, pós, MBA, viajou pra outro país, veio de família rica, se você faz separação de pessoas. Se você está em busca de recolocação, vai em uma entrevista e não dá nem um bom dia para o porteiro, ou zelador, ou a recepcionista saiba que você reduziu suas chances de trabalhar ali em 50%. Às vezes, a outra pessoa que está sentada ao seu lado na recepção pode ser seu entrevistador e você nem percebe. Ele pode estar ali, só aproveitado seu intervalo mesmo ou pode estar só te testando, vendo se você é cordial com todo mundo que passa ali.
Do caixa ao vendedor, do jardineiro ao zelador, do gerente ao dono, trate todos da melhor forma. Isso de tratar todos iguais não existe, soa falso. O melhor é tratar todos bem. Não é porque você foi promovido, que tem que mudar. Lembre-se, a roda do mercado gira e amanhã você pode estar lá embaixo. Hoje a pessoa que limpa a sujeira do chão que você pisa, pode ser sua sócia ou chefe.