CNU 2025: saiba tudo sobre a prova discursiva e como se preparar
A segunda fase do Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025, marcada para o dia 7 de dezembro, é decisiva para os candidatos que buscam vagas em diversos blocos temáticos do concurso. A prova discursiva, elemento central desta etapa, apresenta diferenças significativas em formato, critérios de correção e pontuação, dependendo do nível da vaga, seja para cargos de nível superior ou intermediário.
Para os candidatos de nível superior, a avaliação será composta por duas questões discursivas, cada uma com um limite máximo de 30 linhas, totalizando 45 pontos. A correção se divide igualmente entre o domínio dos conhecimentos específicos e o uso da Língua Portuguesa. A banca organizadora, Fundação Getúlio Vargas (FGV), avaliará de forma criteriosa a compreensão do tema, a precisão conceitual e a pertinência das informações fornecidas. A outra metade da nota corresponde à avaliação da correção gramatical, organização das ideias e estrutura textual, sendo essenciais a coerência e coesão para garantir clareza e unidade ao texto.
No nível intermediário, a prova discursiva consiste em uma redação dissertativo-argumentativa de até 30 linhas, que vale 30 pontos. Diferente do nível superior, toda a pontuação avalia exclusivamente o uso da Língua Portuguesa. Embora o tema esteja vinculado aos conhecimentos específicos do bloco, não há atribuição de nota por domínio técnico no edital. O foco é na capacidade do candidato de elaborar um texto claro, coeso, respeitando a norma culta, e organizado com introdução, desenvolvimento e conclusão.
Temas baseados nos anexos do edital e regras rígidas para a prova
É crucial que os candidatos procurem os conteúdos previstos nos anexos do edital para o bloco temático escolhido, pois todos os temas e questões serão baseados exclusivamente nessa lista. A comissão organizadora estabeleceu regras rígidas: não haverá textos de apoio, o rascunho não é corrigido e apenas a folha definitiva será avaliada.
O edital reforça que qualquer identificação pessoal na folha definitiva da prova, como assinaturas ou números, resulta em eliminação automática para manter a correção às cegas, que assegura imparcialidade no processo de avaliação. Além disso, o uso de caneta transparente com tinta preta ou azul é obrigatório, e o emprego de lápis, borracha ou tinta de outra cor invalida a resposta.
Rasuras e ultrapassagem dos espaços delimitados para respostas também são proibidas. Qualquer texto escrito fora das linhas oficiais será ignorado, e respostas que fujam do tema ou que não atendam à estrutura contínua com introdução, desenvolvimento e conclusão receberão nota zero. A banca também rejeita modelos decorados, respostas prontas ou textos desconectados da proposta.
Dicas fundamentais para garantir um bom desempenho
Segundo especialistas, a preparação para a prova discursiva vai além da memorização. É necessário transformar o conhecimento em textos coerentes, revisando os eixos do edital e focando nos temas mais cobrados. A professora Leticia Bastos recomenda estudar com três pilares: revisão focada, treino e simulação.
Para os candidatos de nível superior, é importante dominar conceitos, classificações e políticas públicas específicas do bloco temático escolhido. Para redigir dentro do limite de 30 linhas, sugere-se organizar o texto em quatro parágrafos: introdução, dois blocos de desenvolvimento e conclusão, garantindo progressão lógica e uso de conectivos claros.
Na revisão final, dedicar de 5 a 10 minutos para conferir o tema, a coerência e os possíveis erros gramaticais pode fazer a diferença na nota. O equilíbrio entre conhecimento técnico e competências linguísticas é fundamental, uma vez que o nível superior divide a nota entre esses dois aspectos, enquanto o nível intermediário avalia integralmente a linguagem.
Horários e organização da prova discursiva
No dia da prova, os portões serão fechados às 12h30, horário de Brasília, com início às 13h. A duração varia conforme o nível: três horas para o nível superior, permitindo levar o caderno somente a partir das 15h; e duas horas para o nível intermediário, com retirada do caderno autorizada a partir das 14h. Em ambos os casos, é obrigatório permanecer pelo menos uma hora na sala e entregar tanto o cartão de respostas quanto a folha definitiva da prova ao final.
Primeira fase e contexto do CNU 2025
A primeira fase do CNU 2025, realizada em 5 de outubro, contou com mais de 760 mil inscritos, consolidando o concurso como o maior do país. Com medidas de segurança reforçadas, como 36 versões da prova objetiva e a possibilidade de levar o caderno de questões para casa ao cumprir o tempo integral, a etapa teve uma abstenção menor que no ano anterior, de 42,8%, segundo dados do Ministério da Gestão.
O concurso está dividido em nove blocos temáticos que englobam áreas como Seguridade Social, Cultura e Educação, Administração e Regulação, oferecendo salários que variam entre R$ 4 mil e R$ 16 mil, e vagas distribuídas entre Brasília e outros estados.
Os candidatos devem ficar atentos ao cronograma final, que contará com divulgação preliminar das notas da discursiva em 23 de janeiro de 2026, prazo para recursos, e resultados definitivos programados para 18 de fevereiro. A classificação final será anunciada em 20 de fevereiro, definindo o futuro dos concorrentes.
Com regras claras, critérios rigorosos e um conteúdo detalhado sobre os temas específicos do edital, a prova discursiva do CNU 2025 exige preparação cuidadosa e atenção aos detalhes para que os candidatos possam garantir uma boa classificação.
Fonte: G1, com informações do Ministério da Gestão e Fundação Getúlio Vargas.

